Estudo Liga noites mal dormidas e mau humor à perda de memória recente.
Cientistas da Universidade da Califórnia – Riverside conseguiram mensurar os efeitos da idade, do humor e do sono na memória de curto prazo. Divulgado em maio deste ano, o estudo é o primeiro a relacionar isoladamente cada um dos três fatores analisados à perda de memória recente, também chamada “memória de trabalho”, aquela responsável por armazenar e gerenciar temporariamente as informações necessárias para tarefas imediatas.
De acordo com os cientistas, a idade afeta o aspecto “qualitativo” dessa memória, enquanto a má qualidade do sono e o mau humor influenciam no aspecto “quantitativo”. Isso quer dizer que quanto mais velha é a pessoa, mais fraca e menos precisa será sua memória de curto prazo. Da mesma forma, pessoas que dormem mal e que sofrem constantes mudanças de humor também têm chances bem menores de se lembrar de eventos.
“Os três fatores estão relacionados. Idosos são mais propensos a experimentar humor negativo do que jovens adultos, por exemplo. A má qualidade do sono também está frequentemente associada ao humor deprimido”, explica Weiwei Zhang, professor de psicologia e coordenador do estudo.
Zhang explica que memória de trabalho é a parte da memória de curto prazo que armazena e gerencia temporariamente informações necessárias para tarefas cognitivas, como aprendizado, raciocínio e compreensão, e está diretamente relacionada à forma como processamos, usamos e lembramos informações recentes.
Por exemplo, quando marcamos uma reunião de trabalho para o dia seguinte, logo cedo. Essa informação está ligada especificamente à realização de uma tarefa, por isso fica armazenada na memória de trabalho.
Novos tratamentos para combater perda de memória recente
A descoberta pode direcionar os cientistas para o desenvolvimento de novos tratamentos que busquem neutralizar os impactos negativos desses fatores sobre a memória de trabalho. O próximo passo é avaliar como essas intervenções podem ajudar pessoas acima de 60 anos com perda de memória recente.
“Isso pode nos dar uma melhor compreensão do mecanismo subjacente na demência relacionada à idade, por exemplo”, afirma Zhang.
O psicólogo também destaca a importância de cuidar da saúde desse público para evitar a perda de memória recente.
“Para que a mente funcione da melhor maneira possível, é importante que os idosos tenham boa qualidade de sono e estejam de bom humor”.
Fonte: Instituto de Longevidade – Mongeral Aegon.
